A INFLUÊNCIA DA REFORMA PROTESTANTE
NA ORIGEM DO CAPITALISMO
A Reforma Protestante
influenciou os diferentes setores da sociedade atual, especialmente o setor econômico,
através da fixação do acumulo de capital. Através desta reforma adquirimos
maior liberdade de expressão, liberdade religiosa e econômica, em contra
partida caímos nas garras do sistema consumista predatório, herança que teve
origem no sistema capitalista.
FIGURA: Igreja X Capitalismo
FONTE: http://www.primeirosesbocos.com.br/2014/05/vamos-falar-sobre-dinheiro-igreja-e.html
A
Reforma Protestante teve como principal idealizador, o até então padre alemão
Martinho Lutero, insatisfeito com as atitudes e dogmas católicos começou a
contestar as orientações da Igreja. Então na data de 31 de outubro de 1517, Lutero
inicia a reforma ao fixar na porta da Igreja de Wittemberg, 95 teses,
das quais criticava severamente os abusos cometidos pela Igreja Católica, tais
como: cobrança de indulgencias e impostos cobrados por serviços prestados a
comunidade. Após a divisão religiosa cristã, a Igreja ficou dividida entre
católicos e protestantes, dando inicio a uma grande disputa de Reforma e
Contra-Reforma.
Com
a propagação do protestantismo e a revisão do modo vida dos religiosos, o
capitalismo ensaiava dar os primeiros passos, especialmente na Europa do Norte sob
a influência do religioso protestante, João Calvino.
Ao
contrário dos católicos, os protestantes não condenavam o acumulo de capital,
apesar de pregarem a ajuda aos mais necessitados eles condenavam o voto de
pobreza, imposto pela Igreja Católica. Segundo o filósofo alemão Marx Weber, em
sua obra A Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo: “devemos
provisoriamente, utilizar a expressão espirito do capitalismo para que a
atitude que se esforça sistematicamente para o lucro, para sua própria causa da
maneira”.
Weber
ainda afirma que a devoção religiosa muitas vezes está acompanhada de uma
rejeição dos assuntos mundanos, especialmente na busca de riquezas e bens.
Entretanto com a consolidação do protestantismo, houve um desprendimento do
voto de pobreza e das gordas doações cedidas em troca de lugares ao céu ou remissões
dos pecados, impulsionando o crescimento do acumulo de riquezas.
Não
podemos discordar que o desprendimento do protestantismo foi favorável para o
crescimento econômico e tecnológico do mundo. Porém, em sua obra Weber lamenta
e afirma que o capitalismo de certa maneira levou o homem a uma forma de
servidão involuntária, em uma vida mecanizada. Desencadeando uma série de
agravantes sociais, tais como: êxodo rural, fome, doenças, desemprego,
desigualdade social, entre outros.
REFERÊNCIA
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do
capitalismo. São Paulo: Ed. Pioneira, 1967.
WEBER, Max. A ética protestante e o “espírito” do
capitalismo. São Paulo: Ed. Companhia das Letras (Trad. de José Marcos
Mariani de Macedo), 2004.
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