domingo, 8 de fevereiro de 2015

A INFLUÊNCIA DA REFORMA PROTESTANTE NA ORIGEM DO CAPITALISMO

A INFLUÊNCIA DA REFORMA PROTESTANTE NA ORIGEM DO CAPITALISMO

A Reforma Protestante influenciou os diferentes setores da sociedade atual, especialmente o setor econômico, através da fixação do acumulo de capital. Através desta reforma adquirimos maior liberdade de expressão, liberdade religiosa e econômica, em contra partida caímos nas garras do sistema consumista predatório, herança que teve origem no sistema capitalista.


FIGURA: Igreja X Capitalismo
FONTE: http://www.primeirosesbocos.com.br/2014/05/vamos-falar-sobre-dinheiro-igreja-e.html

A Reforma Protestante teve como principal idealizador, o até então padre alemão Martinho Lutero, insatisfeito com as atitudes e dogmas católicos começou a contestar as orientações da Igreja. Então na data de 31 de outubro de 1517, Lutero inicia a reforma ao fixar na porta da Igreja de Wittemberg, 95 teses, das quais criticava severamente os abusos cometidos pela Igreja Católica, tais como: cobrança de indulgencias e impostos cobrados por serviços prestados a comunidade. Após a divisão religiosa cristã, a Igreja ficou dividida entre católicos e protestantes, dando inicio a uma grande disputa de Reforma e Contra-Reforma.

Com a propagação do protestantismo e a revisão do modo vida dos religiosos, o capitalismo ensaiava dar os primeiros passos, especialmente na Europa do Norte sob a influência do religioso protestante, João Calvino.

Ao contrário dos católicos, os protestantes não condenavam o acumulo de capital, apesar de pregarem a ajuda aos mais necessitados eles condenavam o voto de pobreza, imposto pela Igreja Católica. Segundo o filósofo alemão Marx Weber, em sua obra A Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo: “devemos provisoriamente, utilizar a expressão espirito do capitalismo para que a atitude que se esforça sistematicamente para o lucro, para sua própria causa da maneira”.

Weber ainda afirma que a devoção religiosa muitas vezes está acompanhada de uma rejeição dos assuntos mundanos, especialmente na busca de riquezas e bens. Entretanto com a consolidação do protestantismo, houve um desprendimento do voto de pobreza e das gordas doações cedidas em troca de lugares ao céu ou remissões dos pecados, impulsionando o crescimento do acumulo de riquezas.

Não podemos discordar que o desprendimento do protestantismo foi favorável para o crescimento econômico e tecnológico do mundo. Porém, em sua obra Weber lamenta e afirma que o capitalismo de certa maneira levou o homem a uma forma de servidão involuntária, em uma vida mecanizada. Desencadeando uma série de agravantes sociais, tais como: êxodo rural, fome, doenças, desemprego, desigualdade social, entre outros.   

REFERÊNCIA

WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Ed. Pioneira, 1967.
WEBER, Max. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Ed. Companhia das Letras (Trad. de José Marcos Mariani de Macedo), 2004.




Nenhum comentário:

Postar um comentário